Segundo o Dnit afirmou que o estudo está sendo realizado pelo IPT e o prazo inicial era apenas uma estimativa
Pontes na BR-319 desabaram em 2023 (Foto: Arquivo / AC)
O laudo técnico para avaliação das causas das quedas das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim, na rodovia BR-319, deve ser emitido somente em junho deste ano. A previsão inicial era outubro de 2023. O desabamento na primeira ponte (Curuçá) resultou na morte de cinco pessoas e deixou dezenas de feridos.
Em nota enviada para A CRÍTICA, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) afirmou que o estudo está sendo realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e que o prazo inicial era apenas uma estimativa.
Enquanto o laudo técnico não fica pronto, familiares aguardam resposta para entender o que ocasionou o desabamento, embora já houvesse conhecimento da má conservação da estrutura. Uma série de reportagens mostrou que o Dnit já sabia das condições precárias e, por isso, o trecho da rodovia havia sido interditado parcialmente na manhã daquele dia 28 de setembro.
Em setembro, A CRÍTICA publicou uma reportagem exclusiva sobre como a Polícia Civil do Amazonas já tem elementos suficientes para indiciar ao menos dez pessoas pelas mortes no desabamento. A PC-AM, no entanto, ainda aguarda a finalização do laudo contratado pelo Dnit.
As obras de reconstrução das pontes tinham a previsão de finalização em até um ano, conforme declaração do superintendente da autarquia federal à época, Luciano Moreira de Souza Filho. Ele participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), em dezembro de 2022.
Seis meses depois, o superintendente retornou ao plenário e afirmou que as obras levariam mais um semestre. Conforme informações do Deputado Estadual, Dan Câmara, que esteve presente no local da tragédia na última quarta-feira (31), uma placa com as informações da obra de reconstrução mostra que deveria ser finalizada em outubro de 2023.
Para A CRÍTICA, o Dnit informou que as obras para construção das pontes sobre o rio Curuçá e o rio Autaz-Mirim estão contratadas e em andamento.