O ex-vereador Chico Preto (Avante) foi entrevistado no podcast da coluna Sim & Não
(Foto: Jeiza Russo)
O ex-vereador Chico Preto (Avante) afirmou nesta terça-feira (30) em entrevista ao podcast da coluna Sim & Não que prefere que o Brasil abra mão de receber o valor do empréstimo feito à Venezuela via BNDES. Para ele, o recurso pode ser recuperado acessando outros mercados.
“Parece que o Brasil emprestou algo em torno de U$ 1 bilhão. É melhor perder 1 bilhão e tentar ganhar em outras negociações. Nesse pragmatismo, o Brasil está desconsiderando um mercado americano de U$ 90 bilhões por ano”, analisou o ex-vereador.
A dívida da Venezuela junto ao governo brasileiro estava em US$ 1,2 bilhão até esta segunda-feira (29), segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Nesta segunda, o presidente venezuelano Nicolas Maduro participou de um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.
Na solenidade, Lula evitou criticar o país por violações de direitos. O presidente brasileiro fez afagos ao líder venezuelano na esperança de abrir um canal de diálogo para negociar a dívida com o BNDES e talvez ajudar numa possível transição democrática.
Nicolás Maduro, está no Brasil para a cúpula de líderes da América do Sul, que começou nesta terça (30).
(Foto: Jeiza Russo)
Ainda durante a entrevista, Chico Preto disse que se define como um conservador de direita. Na economia, Chico defende uma economia liberal com alguma participação do estado na economia, citando como exemplo a concessão de incentivos fiscais.
Ele reforçou que votou no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas duas últimas eleições. O ex-vereador criticou a política ultraliberal do ex-ministro da economia Paulo Guedes, que reduziu a alíquota do IPI no restante do país prejudicando a competitividade das empresas instaladas na ZFM.
"Quando o Ministério da Economia fez a redução ficou claro que isso ia ser prejudicial à Zona Franca. Prontamente me posicionei entendendo que era um erro. Não fiquei em cima do muro. ‘Ah, mas como pode o teu presidente era o Bolsonaro e você se posicionou contra. Tenho vida além do Bolsonaro”, respondeu.