Embaixadora do Novo, Carla Cecato defende maior participação feminina na política
Jornalista tem rodado o Brasil para falar do movimento 'Mulheres pelo Novo' e descarta candidatura em 2024
Carla não será candidata em 2024, mas em 2026 cenário pode ser diferente (Foto: Junio Matos)
A jornalista e embaixadora nacional do movimento “Mulheres pelo Novo”, Carla Cecato, defendeu, durante o podcast SIM&NÃO de A CRÍTICA, nesta segunda-feira (20), maior participação feminina nas eleições. Ela disse que já passou por São Luís, no Maranhão, Belém e agora está em Manaus divulgando essa iniciativa no Novo.
“O brasileiro, durante muito tempo, isso tem mudado, sempre falou assim ‘ah deixa para ele, só tem corrupção, só tem corrupto’ e não quer se envolver. Só que o brasileiro está percebendo cada vez mais que se ele não se envolve, a situação não muda e não melhora. E as pessoas continuam lá, sempre os mesmo governos, os mesmos partidos, as mesmas pessoas e por coincidência ou não, eles enriquecem um monte e a população continua pobre. Nem todos, mas a grande maioria usa a política como caixa, vamos dizer assim, por gerações e gerações. E a população tem acordado”, disse.
Cecato ressaltou a necessidade do crescimento do protagonismo feminino na eleições para ampliar a presença de mulheres no Congresso. Com quase 53% do eleitorado brasileiro composto por mulheres, a representação política nas casas legislativa ainda é baixa. “A gente tem 17,7% de mulheres no Congresso Nacional, deputadas federais são só 91 mulheres de 513 cadeiras, mas a gente tá melhorando aos poucos. O que eu acho que falta para a mulher, é como falta para alguns homens, é participação política e vontade de participar da política”, disse.
Disse que não vota em mulher só por que é mulher. “Eu voto por exemplo, na Adriana Ventura para deputada federal há muitos anos porque eu conheço o caráter dela, o trabalho dela e voto nela por que é uma excelente congressista. O que falta talvez para as mulheres é se enxergarem como possíveis congressistas e enxergarem as mulheres que já estão lutando lá para ver quais são as pautas dela e aí sim apoiar não só pelo gênero feminino, mas pelo fato das ideias, da representatividade. Uma mulher no governo, defenderia melhor esse tipo de política pública por que ela sabe o que é ter um câncer no colo de útero”, detalhou.
Jornalista foi a convidada de hoje no podcast Sim e Não (Foto: Junio Matos)
A jornalista também citou que o encontro “Mulheres em Ação” é uma das iniciativas do Partido Novo para conscientizar e reunir mulheres sobre as eleições. “A gente está patrocinando mas é evento apartidário, mas a gente quer conversar com as mulheres para que elas percam o medo da política, como se a política fosse um bicho papão. Isso é um trabalho de formiguinha mesmo, por que o Novo respeita a mulher, por exemplo, os partidos do Brasil são obrigados a deixar 30% das cotas eleitorais, que a gente também não gosta muito dessa palavra de cota, que parece que tem que ser obrigatória para as mulheres. Então o que eles fazem, quando não preenchem essa cota eles chamam qualquer pessoa para ficar. Elas não vão sair candidatas, às vezes não tem um voto sequer, mas vai só cumprir aquilo ali”, disse.
Carla Cecato afirmou que não vai ser candidata as eleições de 2024 mas que usa o projeto do partido para lançar candidatas femininas para as eleições municipais. “Ainda não! Eu pedi para o partido Novo. Entrei lá em 2018, gosto porque é um partido feito por pessoas que não são políticas, são cidadãos comuns que saíram da indignação que a gente sente para montar um partido político. Estou usando a comunicação, algo que eu domino para lançar cinco ou quem sabe dez candidatas. Quem sabe em 2026”, disse.