Eleições 2022

Soraya Thronicke é a terceira presidenciável sabatinada por A Crítica

Candidata à presidência da República do União Brasil (UB), senadora Soraya Thronicke defendeu a constitucionalidade do marco temporal das terras indígenas. Assista

Jefferson Ramos
online@acritica.com
09/09/2022 às 18:42.
Atualizado em 09/09/2022 às 18:42

(Foto: Divulgação)

A candidata à presidência da República do União Brasil (UB), senadora Soraya Thronicke defendeu a constitucionalidade do marco temporal das terras indígenas e também propôs a exploração sustentável de territórios de povos originários da Amazônia. Soraya foi a terceira presidenciável sabatinada pelo projeto “Propostas para a Amazônia” que reúne nove veículos jornalísticos da Amazônia Legal, entre eles o A CRÍTICA.

“Elegemos uma Assembleia Nacional Constituinte e aprovamos o marco temporal. Está dentro da Constituição. Não entendo o porquê de voltarmos discutir isso. Ali não há nenhuma ilegalidade, há sim constitucionalidade em relação ao marco temporal. Temos que respeitar acima de tudo a nossa Constituição”, respondeu Thronicke. 

Na opinião da candidata, é mais importante verificar a condição de vida dos indígenas da Amazônia do que simplesmente conceder mais terra. Sem mencionar a fonte, a candidata disse que os povos indígenas ocupam 13% do território nacional. 

"É preciso acompanhá-los para que eles possam produzir nas suas terras de forma sustentável, legalizada e que possam prosperar. Esse é o ponto fundamental. Não adianta a gente aumentar a demarcação de terras indígenas e essa parte da população continuar numa situação de miséria”, defendeu.

A candidata questionou o motivo de existir “tanto drama” por trás da questão indígena. Segundo ela, é necessário sentar e discutir com as lideranças para entender as suas demandas.

No entanto, Thronicke ressalva que não conversa com “certas lideranças” que, conforme ela mesmo, só sabem ganhar passagem para a Europa e para os Estados Unidos, vivendo bem às custas da população indígena. Soraya não mencionou quais lideranças indígenas teriam essa atitude apontada por ela.

O Marco Temporal é uma tese que propõe que sejam reconhecidos aos povos indígenas somente as terras que estavam ocupadas por eles na data de promulgação da Constituição Federal, no dia 5 de outubro. 

Sob protestos de indígenas, em setembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o julgamento desta tese por conta de um pedido de vistas do ministro Alexandre de Moraes. 

A candidata do União Brasil se comprometeu ainda em devolver dotação orçamentária e autonomia funcional para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e ICMBio (Instituto Chico Mendes). 

Ao responder a pergunta feita por A CRÍTICA, a candidata reconheceu que fez parte da base do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que iniciou o processo de desmonte destes dois órgãos ambientais. 

“Fiquei na base do governo por todo esse tempo, tenho feito muitas críticas justamente por conta disso. Tirar a autonomia de órgãos essenciais, não acreditar em órgãos que são do governo e que demonstram que conseguem extrair dados fidedigno para todos nós”, se justificou. 

Apesar da postura em defesa da exploração das terras indígenas, a candidata reconheceu que os indígenas são brasileiros e que eles precisam ter território para manter as suas tradições.

Assista agora a entrevista completa:

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