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Hospital Albert Einstein inaugura Centro de Inovação em Manaus

Novo espaço tem como objetivo impulsionar a equidade em saúde na região Norte, levando assistência médica as áreas mais remotas e vulneráveis

Amariles Gama
online@acritica.com
17/04/2024 às 16:37.
Atualizado em 17/04/2024 às 16:37

Inauguração de Centro foi realizada nesta quarta-feira (Foto: Daniel Brandão)

Com foco no desenvolvimento de projetos de inteligência artificial, telemedicina e análise de dados, o Hospital Albert Einstein inaugurou, nesta quarta-feira (17), o seu Centro de Inovação em Manaus. O novo espaço tem como objetivo impulsionar a equidade em saúde na região Norte, levando assistência médica as áreas mais remotas e vulneráveis. 

Segundo o presidente do Einstein, Sidney Klajner, o centro estará focado em desenvolver soluções inovadoras que reduzam iniquidades e ampliem o acesso à saúde de qualidade. Além disso, a unidade pretende promover o empreendedorismo em saúde, com incentivo à criação de startups e apoio a projetos que contribuam para o avanço da saúde. 

Com relação as discussões envolvendo o uso de inteligência artificial e um possível comprometimento da relação médico e paciente, Sidney defende que a tecnologia não afasta o interessado no atendimento médico do profissional de saúde. Pelo contrário, a tecnologia pode levar humanização durante o atendimento, segundo defende ele. 

“Hoje, o meu consultório está fazendo uma mudança para um sistema pelo qual eu consigo ter informações do paciente através de uma inteligência que me dá um resumo do que ele já fez no hospital. Isso me economiza pelo menos uns 15 minutos de consulta, e o que que vou fazer com esses 15 minutos? Ou eu vou atender mais pessoas ou vou ter tempo dedicado a conversar com o paciente, a entender onde aquela doença está impactando, a dar colo, carinho, humanização”, destacou.  

Presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner (Foto: Daniel Brandão)

Com a chegada da unidade em Manaus, o Einstein já conta com quatro centros de inovação em todo o país, com estruturas também em São Paulo e em Goiânia. Para o diretor geral do Einstein, Henrique Neves, a inauguração da unidade em Manaus é o início de uma presença de longo prazo da entidade no território amazonense.  

Ele destaca que a escolha de Manaus para receber a estrutura do Einstein levou em consideração o potencial de desenvolvimento tecnológico e a bioeconomia que a capital amazonense apresenta. Essas características, segundo ele, oferecem oportunidades únicas para inovações que promovam a intersecção entre a biodiversidade e a saúde humana. 

“Esse é só o início da potencialidade que a gente pode fazer efetivamente no desenvolvimento desse trabalho. Essa cidade tem vários pontos importantes, uma indústria importante, existem recursos para se desenvolver as atividades aqui, existem centros acadêmicos e de pesquisa, ou seja, esse conjunto, esse ecossistema suporta o desenvolvimento dos projetos”, disse Henrique.  

Diretor-geral do Hospital Albert Einstein, Henrique Neves (Foto: Daniel Brandão)

O Centro de Inovação foi inaugurado nesta quarta-feira, mas está em atuação desde outubro do ano passado, com três projetos já andamento. O diretor executivo de Inovação do Einstein, Rodrigo Demarch, afirma que a unidade chega em Manaus para desenvolver projetos que visam abordar, ´principamente, os desafios enfrentados pela população local e regional. 

Dentre as iniciativas, está a implementação de um projeto de telemedicina voltado para a identificação precoce de casos de gravidez de risco. Na prática, o sistema “escuta” as informações e queixas da paciente e, por meio de IA generativa faz sugestões de perguntas para ajudar o profissional que estiver conduzindo o atendimento. O projeto é fomentado pela Fundação Bill e Melinda Gates. 

Outra pesquisa, que será realizada com apoio da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, envolve a criação de um algoritmo de diagnóstico de leishmaniose. A ferramenta, que funciona offline, utiliza fotos de lesões de pele, facilitando o acesso ao rastreio da doença em áreas remotas onde os recursos de saúde são escassos. O projeto conta com o aporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).   

Além disso, o Centro implementou ainda um programa que concederá 20 bolsas de incentivo a pesquisadores, que irão auxiliar no desenvolvimento de ideias inovadoras em assistência em saúde. A proposta, que tem o apoio do Grupo Bemol e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), também visa impulsionar a pesquisa e a tecnologia na região.

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