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Por causa da seca, Ibama prorroga prazo para pesca do pirarucu no Amazonas

Aumento do prazo foi expedido no início da tarde desta terça-feira (14) e atende a 31 autorizações de manejo que já haviam sido concedidas a associações no Amazonas

Waldick Junior
waldick@acritica.com
14/11/2023 às 19:47.
Atualizado em 14/11/2023 às 19:47

Pescadores poderão pescar o Pirarucu em áreas autorizadas até 20 de dezembro (Foto: Bernardo Oliveira)

Devido à seca histórica que atinge o Amazonas, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estendeu para 20 de dezembro o prazo para que manejadores do pirarucu possam pescar o peixe em áreas autorizadas. O limite anterior era 30 de novembro, mas a dificuldade para chegar aos lagos e transportar os pescados fez com que os trabalhos atrasassem.

A dilação do prazo, assinada pelo superintendente do órgão no Amazonas, Joel Bentes, foi expedida no início da tarde desta terça-feira (14) e atende a 31 autorizações de manejo que já haviam sido concedidas a associações no Amazonas. 

Os coletivos estão espalhados pelos municípios de Coari, Tonantins, Lábrea, Fonte Boa, Japurá, Jutaí, Santo Antônio do Içá, Maraã, Juruá, Coari, Tapauá, Uarini, Carauari, Iranduba, Beruri e Atalaia do Norte.

“Por se tratarem de áreas das quais temos relatórios anuais com as contagens de populações de pirarucu juvenil e adulto, vislumbramos fazer a prorrogação por mais um período de 20 dias, para que os manejadores possam capturar a cota que foi autorizada para o ano de 2023”, afirma o analista ambiental e engenheiro de pesca do Ibama, James Bessa.

Em reportagem publicada no último dia 18 de outubro, A CRÍTICA noticiou o cenário de dificuldade enfrentado por manejadores da Reserva Mamirauá, entre os municípios de Uarini, Fonte Boa e Maraã, no Médio Solimões.

“O problema maior é depois, para tirar do lago, levar para o flutuante e conduzir até a cidade de Tefé. O rio Solimões está muito baixo. Já tivemos caso de barco que bateu, quase perdeu a produção do pirarucu, mas graças a Deus nós conseguimos ajeitar”, disse, à época, o Presidente da Federação dos Manejadores e Manejadoras de Pirarucu de Mamirauá (Femapam), Pedro Canízio.

Novas dilações

De acordo com dados da Praticagem Ocidental dos Rios da Amazônia (Proa), o nível do rio Solimões, um dos principais corredores aquáticos do estado e onde há prática de manejo, estava em 2,49 metros nesta terça-feira (14), em Tabatinga (AM), primeiro município banhado por ele. Embora o nível da água ainda seja muito baixo, está enchendo há uma semana.

“Não posso afirmar nada [sobre se a prorrogação do prazo suprime todas as perdas com pescado], pois o rio ainda continua secando ou parando, e talvez esse prazo não seja suficiente para que todas as áreas realizem a pesca do total que foi autorizado. Existe a possibilidade de ser feita outra extensão em casos específicos. Uma coisa certa é que nesses lagos do manejo não houve grande mortandade de peixes, pois estão sendo preservadas a fauna e flora desses locais”, pontua o servidor do Ibama.
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