Saiba quais as ferramentas disponíveis para a transformação digital do seu negócio
Desde início da pandemia, cresce o número de clientes que se conectam aos serviços por meio da internet; só em 2021, o Google promoveu mais de 375 milhões de conexões diretas entre empresas e pessoas
Radicada em Manaus, a psicóloga Silvia Salgado passou a investir nas ferramentas do Google para aumentar o número de pacientes no consultório - e conseguiu (Google/divulgação)
SÃO PAULO - A transformação digital tende a alcançar todos os segmentos de atuação profissional. Uma imposição dos novos tempos, necessidades e hábitos. Radicada em Manaus, a psicóloga clínica e coach Silvia Salgado tem passado por esse processo desde 2019, inicialmente com o objetivo de aumentar o número de pacientes para seu consultório.
“Quem me deu o start para fazer a transição foi o meu esposo, que trabalha hoje com marketing digital. Ele fez transição de carreira para essa área e acabou que eu fui a cobaia dele nesse sentido”, explica a psicóloga.
De lá para cá, em meio à pandemia, Silvia viu o número de clientes que chegam até ela via internet superar aqueles que chegam por indicação, que era até então seu único canal de divulgação.
Mas, ela não parou por aí. A criação do site, do Perfil da Empresa no Google e de perfis nas redes sociais foram apenas os primeiros passos da jornada digital de Silvia, que passou a incluir o uso de ferramentas para elaborar segmentação, insights para encontrar as demandas do mercado e a migração para o trabalho cada vez mais remoto.
Especialista em marketing digital, marido e consultor de Silvia, Simon Queiroz diz que empresas e profissionais autônomos que não estão na internet hoje estão “fadados ao fracasso”.
No caso de Silvia, ele comenta que faltava um mecanismo de vendas de consultas na internet. “Era 100% indicação. Eu percebi isso e sugeri: está na hora de você ter um vendedor para vender seus serviços pela internet”, recorda.
“Nós então criamos um perfil do consultório no Google, investimos no Google Search, que é de buscas, Google Ads, Maps e YouTube também”, destaca Simon, ao ressaltar que o grande diferencial do uso das ferramentas digitais é a possibilidade de direcionar as campanhas para nichos de clientes específicos.
“Na publicidade tradicional temos, por exemplo, o outdoor, que tem que ser o mais genérico o possível, para alcançar o maior número de pessoas dentro o público-alvo. Na internet, temos a pessoa, precisamos ser mais específicos”, diz Simon.
Em outra estratégia, o uso do Google Trends deu os insights para o foco nos atendimentos de casos de ansiedade. “A gente percebeu que essa era um dos temas mais buscados em Manaus, muito por causa da pandemia”, observa Silvia.
“Aí, procuramos nos conectar com essas pessoas”, acrescenta Simon. “Foi quando deu o ‘boom’ nas procuras”, acrescenta. “Como ela não pode anunciar preços, os clientes procuram ela para fazer o orçamento e já fazem o agendamento”, completa.
Hoje, três anos depois do início da imersão tecnológica, cerca de 60% da clientela chega ao consultório através das ferramentas do Google.
O próximo passo de Silvia é ampliar os atendimentos online. “Antes, eu trabalhava de forma totalmente presencial e achava que olhar o paciente ‘olho no olho’ fazia toda a diferença. Agora, entendi que obtenho o mesmo resultado online”, diz a psicóloga.
Atualmente, 90% das consultas são feitas à distância, por meio de videochamada, o que possibilitou ela conquistar clientes no exterior, inclusive. A meta é chegar a 100%, o que permitirá ela viajar e atender a partir de outras cidades.
O casal pretende dar um passo a mais: está se organizando para investir no Google com foco na prospecção de pacientes fora do Brasil.
Casal Simon e Silvia durante visita ao escritório do Google em São Paulo (Luciano Falbo - 14/jun/2022)
Suporte personalizado
A diretora de negócios para médias empresas do Google Brasil, Fernanda Doria, explica que a jornada digital do empreendedor começa de forma gratuita no Google, com a criação do Perfil da Empresa – um painel informativo que surge quando o usuário faz uma busca.
Painel do consultório de Silvia no Google (Reprodução)
A partir de então, a relação vai “evoluindo” e passa a ter maior grau de complexidade. “O próximo passo da presença digital seria o uso de ferramentas do Google Ads e, ao longo do tempo, a empresa vai investimento mais”.
“Ela passa a usar não somente o Search, mas o AdSense, o YouTube. Então, a gente começa a ganhar complexidade também nesse sentido e o nosso time passa a trazer um maior número de recursos para que ela possa avançar nessa jornada”.
Segundo Fernanda, há diferentes tipos de suporte, que se adequam ao momento e necessidades da empresa. “Obviamente que quanto maior e mais complexa, a gente vai prover um nível de serviço que possa estar adequado às necessidades dela”, explica.
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Guinada
A pandemia da Covid-19 teve um impacto gigantesco na relação do brasileiro com o mundo digital. A avaliação é do presidente do Google Brasil, Fabio Coelho. A guinada digital, avalia ele, se iniciou em 2020 e se consolidou em 2021.
Durante o evento “Google for Brasil”, realizado no último dia 14 em São Paulo, o executivo declarou que “os negócios dos consumidores digitais se transformaram profundamente neste período”. “Mais de quatro milhões de lares se conectaram através da banda larga e 22 milhões de brasileiros compraram online pela primeira vez usando e-commerce”, destacou.
No ano passado, a gigante da tecnologia informa ter promovido mais de 375 milhões de conexões diretas entre empresas e pessoas. “Isso representa ligação, reserva, rota. Todos nós fazemos um pouco disso”, disse Coelho.
O mais recente Relatório de Impacto Econômico da empresa, realizado pela consultoria AlphaBeta e divulgado durante o evento, apontou que cinco plataformas juntas (Busca do Google, Google Ads, Google AdSense, Google Play e YouTube) movimentaram R$ 104,5 bilhões em 2021 no Brasil.
Para chegar à cifra, a consultoria se baseou em informações públicas sobre os mercados em que o Google atua e nos benefícios aos negócios gerados pelas plataformas, incluindo o “retorno de investimento” gerado aos anunciantes ao rodar campanhas de publicidade em plataformas do Google (a média é de US$ 8 para cada US$ 1 investido) e a receita compartilhada pelo Google com publishers, desenvolvedores e criadores de conteúdo no País.
Fabio Coelho durante a abertura do ‘Google for Brasil’, realizado em SãoPaulo (Luciano Falbo - 14/jun/2022)
Do total movimentado, cerca de R$ 1,3 bilhão foi só de receita que os desenvolvedores de aplicativos obtiveram por meio da Play Store.
"Se você quer produzir para todo mundo, todo mundo tem que estar participando", sentenciou Fabio Coelho, ao destacar outras iniciativas apresentadas durante o Google for Brasil.
*O jornalista viajou a convite do Google Brasil