ELEIÇÕES

Sobre apoio ao segundo turno, vice de Ciro declara: "o povo vai decidir"

Ana Paula Matos cumpre agenda em Manaus nesta sexta-feira (23) ao lado da candidata ao governo Carol Braz (PDT)

Giovanna Marinho
giovanna@acritica.com
23/09/2022 às 14:33.
Atualizado em 23/09/2022 às 14:33

(Foto: Gilson Melo)

A candidata a vice-presidente pelo PDT, Ana Paula Matos, que compõe a chapa de Ciro Gomes, disse que a campanha pró-voto útil realizada por apoiadores do ex-presidente Lula (PT) é reflexo de que o pedetista está incomodando e fez um apelo a população: “Não deixem influenciar no seu jeito de votar”. Ela desembarcou em Manaus na manhã desta sexta-feira (23) e participará de ações de campanha da candidata do governo Carol Braz (PDT). 

As ações pelo voto útil têm ganhado proporção na reta final das eleições. Com 47% das intenções voto, segundo a última pesquisa Data Folha, a campanha de Lula tenta levar o pleito logo no primeiro turno, mas, para isso, precisa suprimir votos da terceira via. O apelo lulista ecoou inclusive em alguns membros da cúpula do PDT que pediram a desistência de Ciro Gomes do pleito.

Questionada sobre o assunto, Ana Paula fez pouco caso das pesquisas eleitorais, que mostram Ciro estagnado com 7% dos votos, afirmando que a vontade do povo não depende de uma série de fatores como “vontade de votar, do seguimento que ela representa, onde ela está”. 

“O que significa isso? Que o voto útil é aquele que é melhor pro Brasil. Eu sinto muito quando estou numa candidatura como essa e percebo que de modo geral o que está na centralidade do debate não é a construção de política pro povo. Não é a melhor proposta, mas sim quem é o menos pior. Não deixem influenciar no seu jeito de votar. O Brasil votou muito pelas diretas já. O Brasil lutou muito pelo direito ao voto e agora querem dizer o que você tem que fazer. Quem influências até no seu direito de existir”. rebateu a pedetista.

A candidata ainda falou sobre os recentes ataques trocados entre Ciro e Lula ao longo da última semana. Em entrevista ao apresentador Ratinho no SBT, o ex-presidente disse que Ciro "está surtando" na sua promessa de perdoar dívidas. Do outro lado, o ex-ministro disse que a campanha de Lula por voto é “uma guerra de extermínio”. Ana Paula justificou que as falas de o seu parceiro de chapa são reflexos da honestidade e da indignação com a disputa política que “não está discutindo soluções” para o país. 

“Ele está dizendo para o nosso país que precisa ser honesto, que precisa ter responsabilidade, que precisa ter propostas. O Ciro quando diz que está insatisfeito, quando ele aponta maus feitos, quando ele aponta erros, inclusive de ex-governantes ou de atuais governantes, ele faz isso com lealdade, ele faz isso com o olho no olho, ele faz isso no debate é olhando as pessoas, não é escondido”, pontuou a candidata.
Mesmo com a discordância entre Ciro e Lula, quando questionada sobre o possível apoio ao ex-presidente em um eventual segundo turno, Ana Paula não disse que sim, nem que não. Ela declarou que ainda confia na ida da chapa do PDT para um o próximo turno, mas afirmou que quem vai definir o apoio “é o povo”. 

“Eu já vi políticos chegarem eleitos num debate ou até tirarem fotos antes da hora e depois perderem eleição. Sabe por quê? Porque quem ganha eleição não são muitos partidos juntos. O que ganha eleição é o povo. Eu não vou discutir possibilidades que não são do nosso campo de visão. Agora quem vem com a gente é o povo que vai decidir. Se for nosso adversário trataremos com respeito e com muito amor”, completou.

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