Seis carretas com oxigênio chegam no porto da Ceasa, em Manaus
Foram quatro dias de transporte pela BR-319; quantidade será suficiente para abastecer demanda do Estado por pouco mais de dois dias

Após quatro dias de transporte, seis carreatas com oxigênio chegaram no porto da Ceasa, situado no bairro Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus, na manhã deste domingo (24). Após a chegada da última carreta, prevista para a noite de hoje, a soma total de oxigênio transportado será de 160 mil m³ - o suficiente para dois dias de consumo no Amazonas na atual demanda.
As equipes de transporte percorreram 877 quilômetros, de Porto Velho a Manaus, por meio da rodovia federal BR-319. A operação começou na quarta-feira (20).
De acordo com Arlene Lamego Campos, superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Amazonas, a operação iniciou no estado de Rondônia.
“O valor desses insumos é inestimável. Nós, amazonenses, sabemos da dificuldade pela qual estamos passando. Enxergamos que a rodovia federal BR-319 é o único meio de ligação do nosso estado com o restante da federação. É o meio mais rápido, apesar do período invernoso ”, disse Arlene.
Durante o trajeto, o comboio se dividiu em dois, um composto por quatro carretas e outro por três. Ao chegarem no Amazonas, os dois grupos se juntaram e chegaram juntos ao porto da da Ceasa, conforme a superintendente do DNIT. Uma delas enfrentou problemas técnicos e teve que parar no meio do caminho. O restante seguiu o percurso, para não atrasar o transporte.
“Em alguns pontos da rodovia, os caminhões ficaram atolados, devido às chuvas. Foi necessário a utilização de equipamentos pesadas para puxá-los, mas graças a Deus conseguimos trazer esse material para Manaus”, disse Arlene.
O DNIT foi acionado pelo Ministério da Saúde, para garantir o transporte seguro dos insumos.
Durante a espera das carretas, a equipe de reportagem flagrou o momento no qual cerca de pelo menos 13 cilindros de oxigênio foram transportadas ao município de Careiro Castanho. De acordo com James Corina, representante da prefeitura do município, a média diria de consumo de oxigênio na cidade é de 20 a 25 cilindros. “Várias vidas foram ceifadas por falta de oxigênio, então dou graças a Deus por poder servir meu município”, disse.