Os influenciadores digitais estão em alta, mas ao contrário do que muitos imaginam, administrar essas mídias é muito mais do que gravar vídeos e fazer selfies. Ser ‘influencer’ é também empreender
(Bruna Castro é formada em Marketing e hoje fatura cinco vezes mais. Foto: Sandro Pereira/Freelancer )
Os consumidores buscam cada vez mais inspirações nas redes sociais e influenciadores como Bruna Castro (@brucastro) podem colaborar para que as marcas alcancem o seu público alvo. Ela que possui mais de 154 mil seguidores em sua conta no Instagram vive desse trabalho há 5 anos quando percebeu a oportunidade de fazer negócios através da internet.
Hoje além de ser embaixadora da loja Scala no Amazonas e representante da loja Toli, Bruna também realiza campanhas para várias marcas regionais de restaurantes, cases, sapatos, dentre outros.
A influencer contou que hoje fatura cinco vezes mais que em seu antigo emprego na área do marketing e possui flexibilidade de horário, mas ela indica que para obter sucesso na carreira é necessário profissionalização e dedicação para aprimorar serviços oferecidos as marcas.
“A gente vira uma empresa que emite nota fiscal e presta relatórios. Nós não temos chefe em partes, porque todo cliente que contrata a gente é um pouco chefe. Temos que prestar conta com eles de tudo que fazemos”, enfatiza.
Profissionalização
Bruna foi uma das pioneiras neste formato de trabalho digital na região e recorreu à ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para dar o primeiro passo na sua regularização como Microempreeendedora Individual (MEI).
Os pagamentos pelos serviços da influencer são realizados por meio de contratos chamados Media Kits, que apresentam para os empresários fatores como engajamento, quantidade de visualizações em stories, comentários ativos na conta, dentre outros elementos importantes para a indicação do sucesso da campanha.
“Eu prefiro sempre fazer contratos de três meses porque você consegue dar um retorno pro cliente ainda maior do que fazer uma publicação e sumir”, enfatiza Bruna.
Marketing de influência
Para facilitar essas relações, hoje é possível encontrar agências especializadas em marketing de influência como a Spark Fluvip Manaus. A empresa cria campanhas digitais para as marcas de médio a grande porte interessadas na divulgação por meios digitais.
A gestora da agência, Fernanda Almeida, contou que existem vários graus de influência que iniciam com os microinfluenciadores (5 mil seguidores), os médios (60 mil) e premium (a partir de 100 mil).
Fernanda Almeida, da Spark Fluvip Manaus. Foto: Sandro Pereira/Freelancer
Os influenciadores tornam-se prestadores de serviço e as empresas recebem o apoio da agência para administração e análise da efetividade das campanhas como: a quantidade de pessoas alcançadas, ações realizadas pelos influencers e o retorno do investimento a partir das publicações.
“Nós apresentamos o perfil deles para os clientes e vendemos a influência deles, o engajamento, a credibilidade para o cliente. Em contrapartida, fazemos toda essa parte de gerenciamento para eles”, explica Fernanda.
Mais procurados
A gestora aponta ainda que a procura por esse tipo de serviço vem crescendo na região devido o baixo valor de investimento e grande conquista de clientes.
Segundo ela, o principal diferencial dos serviços efetuados pelos meios digitais é a possibilidade do acompanhamento dos números e métricas que as plataformas como o Facebook, Instagram e Youtube disponibilizam para os usuários.
“Tudo isso é apresentado ao cliente, então ele consegue ver: Olha! Esse influenciador deu mais resultado que esse, o engajamento dele é melhor. Ele fala mais com o meu público. Então, hoje nas mídias quem tem dados tem tudo!”, ressalta.
Dentre os nichos que mais buscam o serviço dos blogs pessoais estão os segmentos de construção, educação, redes de supermercados e maternidade.