Inicialmente, o evento aconteceria nos dias 26, 27 e 28 de junho, mas acabou adiado por conta da pandemia do novo coronavírus; Caprichoso e Garantido prometem adoção das medidas sanitárias necessárias
((Foto: Euzivaldo Queiroz))
O Festival Folclórico de Parintins acontecerá nos dias 6,7 e 8 de novembro neste ano, segundo informaram os presidentes do Boi Caprichoso e Garantido, Jender Lobato e Fábio Cardoso, respectivamente, ao acritica.com, no início da tarde desta sexta-feira (10). O evento será aberto ao público, com todas as medidas de segurança que forem determinadas pelas autoridades sanitárias.
Inicialmente, o evento aconteceria, este ano, nos dias 26, 27 e 28 de junho, mas acabou adiado por conta da pandemia do novo coronavírus. Conforme Lobato, os projetos artísticos dos bois já estão prontos. A data de novembro foi escolhida em decorrência da queda dos efeitos da pandemia no estado do Amazonas. “Em novembro, com toda a certeza viveremos outra realidade, então, após inúmeras rodadas de conversas com especialistas, programamos para esse mês, que é uma data segura para realizarmos o festival”, afirmou.
O presidente do Garantido lembrou que o evento é a principal atividade financeira do município e uma das principais do Amazonas, o que o torna necessário para a sobrevivência da cidade como um todo. “Eu acredito que este será o festival da superação, sendo muito especial a todos”, disse Cardoso.
Jender e Fábio na sede da TV A Crítica, que transmite o festival. Foto: Junio Matos
Jender Lobato destacou que o evento ocorrerá dentro de um contexto de muita responsabilidade. “Não podemos colocar em risco tanto os nossos artistas, quanto o público, então estamos tomando todas as medidas necessárias para que possamos brincar em paz e fazer com que o festival seja um sucesso, porque as pessoas estão com saudade”, afirmou.
Visto que os projetos dos bois já estão prontos, o próximo passo da produção é o de execução dos planejamentos, que está programado para o início de setembro.
O anúncio do esperado retorno do festival também foi feito pelos bumbás nas redes sociais. E de forma conjunta. Garantido e Caprichoso utilizaram o mesmo vídeo para divulgar a nova data do evento.
Cuidados sanitários
A adoção de medidas de segurança específicas na data de realização do evento, como o uso obrigatório de máscaras, dependerá das determinações das autoridades sanitárias.
"Vamos brincar, mas com saúde e responsabilidade, cumprindo os protocolos de segurança sanitária. No evento vai ter aferição de temperatura, disponibilidade de álcool em gel e distribuição de máscaras para todas as pessoas", anunciaram os bumbás por meio das suas redes sociais.
A não realização do Festival de Parintins acarretaria em um prejuízo econômico ao município que demandaria de cinco a seis anos para recuperação, sustentam os presidentes.
Dependendo da edição, o evento movimenta entre R$ 50 milhões a R$ 80 milhões. Os ensaios continuarão a transcorrer no formato de transmissão por live. A abertura de bares e restaurantes ocorrerá de forma reduzida, adequada às exigências adotadas pelas autoridades na data de realização do evento.
Em nota, o Governo do Amazonas disse que vai aguardar um parecer das autoridades sanitárias para se pronunciar sobre a realização do Festival. A nota defende que apenas uma equipe técnica seria capaz de avaliar os riscos da exposição da população à Covid-19 em eventos do porte da festa popular.
Segundo a nota, apesar da relevância do evento para a cultura e a economia da região, "não é possível que tal decisão seja tomada sem o embasamento científico necessário que assegure o maior bem que todos temos: a vida".
Posição
Em nota, o Governo do Estado do Amazonas destacou que só vai se pronunciar sobre a realização do Festival de Parintins após receber parecer das autoridades sanitárias, as únicas capazes de avaliar os riscos da exposição da população à Covid-19 em eventos do porte da festa popular.
Ainda no comunicado, o Governo do Estado afirma que entender a relevância do evento para os habitantes de Parintins, de todo o Amazonas e do Brasil enquanto manifestação cultural e geradora de renda, mas não é possível que tal decisão seja tomada sem o embasamento científico necessário que assegure "o maior bem que todos temos: a vida".