Indígenas fazem protesto contra reintegração de posse em sítio arqueológico
Eles protestaram em frente à sede do Governo contra uma notificação do Ministério Público Federal que, segundo eles, determina a reintegração de posse de um terreno chamado de “Cemitério Indígena” 08/01/2019 às 12:13 - Atualizado em 08/01/2019 às 18:20
Cerca de 200 indígenas realizaram uma manifestação na frente da sede do Governo, localizada na Avenida Brasil, no bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus, por volta das 9h, da manhã dessa terça-feira (8).
Eles protestam contra uma notificação do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM) que, segundo eles, determina a reintegração de posse de um terreno chamado de “Cemitério Indígena”, que fica no bairro Nova Cidade, na Zona Norte, onde vivem cerca de 380 famílias.
Ainda de acordo com eles, o documento solicita a saída das famílias que moram no “Cemitério Indígena” há seis meses, até o dia 18 deste mês.
O Cacique “Onça Preta”, etnia Mura, afirma que o grupo pretendia ser recebido pelo Governo, em busca de uma solução ou extensão no prazo de reintegração.
“Estamos ocupando porque é uma área Federal. Um lugar nosso. Os povos de outros lugares, como venezuelanos e haitianos vieram e foram atendidos com casas para morar. Por que nós, povos indígenas, não temos a mesma oportunidade? Sabemos que é uma determinação federal, mas o estado pode intervir nessa situação”, conta.
O protesto foi acompanhado por policiais militares da 8º Companhia Interativa Comunitária (Cicom), que impediu a entrada dos manifestantes na sede do Governo.
Segundo o cacique José Nilton Farias Brandão, a terra ocupada pelas famílias faz parte de um sítio arqueológico administrado pela União.
Os manifestantes afirmam que foram recebidos por representantes do governo e aguardam as próximas ações. “Esperamos uma ajuda do governador ou pelo menos uma conversa”.
A Secretaria de Comunicação Social do Amazonas (Secom), informou, por meio de nota, que os indígenas pediram que o Governo faça a doação de terras estaduais para que eles deixem a área federal.O Governo ressalta que estudará a demanda e marcará nova reunião com os representantes dos indígenas.
Área ocupada é sítio arqueológico, diz MPF
O terreno na Zona Norte ocupado pelos indígenas que protestaram hoje é um sítio arqueológico, segundo o MPF/AM, que afirma ter ingressado com a ação civil pública na Justiça porque o espaço estava sofrendo danos em decorrência da ocupação.
*Matéria atualizada às 18h19 para acrescentar a posição do MPF/AM sobre o caso.
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