Manifestantes pedem reabertura de comércio não essencial em Manaus
Ação começou por volta das 7h. Durante o ato, a equipe de jornalismo da TV A Crítica foi hostilizada

Com gritos de “queremos trabalhar”, um grupo de comerciantes se manifestou na manhã deste sábado (26), no Centro, Zona Sul da capital, contra o decreto estadual que determinou o fechamento do comércio e o mantimento apenas de serviços essenciais em Manaus.
Segundo a Polícia Militar (PM), a ação começou por volta das 7h. Durante o ato, a equipe de jornalismo da TV A Crítica foi hostilizada. As ameaças se dirigiram a dupla de repórteres Priscila Melo e Samara Maciel, além dos cinegrafistas Alex Gomes e Nívea Salgado.
A aposentada Maria Aldete, 64, trabalha informalmente e se dirigiu da Zona Leste ao Centro para trabalhar, sem saber que o decreto estava valendo.
“Eu tenho sobrinhos que trabalham no Centro. Desci lá na Praça da Saudade, vim andando até a Sete de Setembro, mesmo com hérnia de disco. Eu digo ao governador que o senhor tome providência porque a gente não tem o que comer ou beber”, disse.
Segundo um comerciante local que participou da manifestação e não quis se identificar, o protesto começou em pontos diferentes do Centro e culminou na avenida Sete de Setembro, por volta das 10h. Aproximadamente às 11h40, manifestantes começaram a cantar o hino nacional.
Motoristas de ônibus tiveram que parar os veículos e permanecer no local. De acordo com o motorista Joseniel Lima, de 60 anos, a orientação é para esperar a liberação da via. "Estamos sem opção de saída daqui, por causa do tamanho dos nossos veículos”, afirmou.
O autônomo Janderson da Silva Nunes, 32, morador do bairro Parque Dez de Novembro, na Zona Centro-Sul de Manaus, participou da manifestação. Ele trabalha vendendo águas e doces e criticou o decreto, afirmando que a diminuição de pessoas na rua afetará a renda dele. “Tenho uma filha com síndrome e uma mulher doente. Nessa situação, é muita necessidade, dor e sofrimento”, disse.
De acordo com decreto estadual, publicado na quarta-feira (24), shoppings, flutuantes, bares e estabelecimentos do comércio não essencial ficarão fechados por um período de 15 dias, alguns deles podendo funcionar em sistema de delivery.