Roubo de cabeça e patas de onça atropelada é crime, diz analista ambiental
Animal foi atropelado e teve o corpo deixado no acostamento da estrada na manhã desse domingo (13) 14/01/2019 às 18:09 - Atualizado em 14/01/2019 às 18:11
Armazenar subprodutos de animais silvestres, como o caso da onça que foi achada sem patas e a cabeça na BR-174 (estrada que liga Manaus a Boa Vista), é tido como um crime ambiental, afirmou o analista ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Robson Esteves. O animal foi atropelado e teve o corpo deixado no acostamento da estrada na manhã desse domingo (13).
De acordo com o especialista, embora a pessoa que levou partes do corpo do animal não necessariamente tenha sido a autora do atropelamento, guardar como lembrança ou vender os pedaços como produtos podem ser considerados crimes contra a fauna.
“É sim (um crime). Mesmo que ele não mate, não pode ter. Tanto quem mata, como quem compra ou pega uma parte para empalhar cabeça, ou coisa parecida, incorre aos mesmos crimes. Não se pode consumir produto ou subproduto oriundo de animais silvestres”, afirmou.
Ainda segundo ele, a prática criminosa está descrita na lei 9.605, que trata sobre crimes contra a fauna. O artigo III diz prevê detenção de seis meses a um ano, ou multa, para “quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente”.
O telefone para denúncia às equipes de fiscalização do Ibama é o 0800-618-080.
Onça teve membros roubados
O administrador Irauna Douglas, de 26 anos, conta que voltava para Manaus pela rodovia por volta das 6h de domingo, nas proximidades de Rorainópolis. Em imagens encaminhadas ao Portal A Crítica, o animal ainda aparece com a cabeça, mas sem uma das patas. “Não tinha como não perceber. Ela estava toda estourada. Quando fui ao local e tirei a foto, um rapaz que morava próximo disse que ouviu da casa dele a onça sendo atropelada”, disse ele.
Douglas diz ainda que a rodovia não fornece a fiscalização necessária. “Fiscalização não tem. Antes de entrar no Amazonas, somente em Roraima tem uma barreira da Receita Federal, mas não tem como verificar esse tipo de ocorrência”, acrescentou.
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