fora de movimento

Professores da Ufam votam e decidem não aderir à greve de universidades e institutos federais

Decisão ocorreu durante votações em assembleias gerais realizadas nos seis campi da Ufam nas cidades de Coari, Benjamin Constant, Humaitá, Itacoatiara, Manaus e Parintins

acritica.com
09/05/2024 às 19:29.
Atualizado em 09/05/2024 às 19:29

(Foto: Divulgação)

Com 251 votos contrários, 155 votos favoráveis e 10 abstenções, os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) decidiram não aderir à greve das universidades e institutos federais. A decisão ocorreu na tarde desta quinta-feira (9), durante votações em assembleias gerais realizadas nos seis campi da Ufam nas cidades de Coari, Benjamin Constant, Humaitá, Itacoatiara, Manaus e Parintins. 

No início desta semana, professores favoráveis à greve se mobilizaram para garantir votos em apoio à paralisação das universidades federais em todo o Brasil. Porém, na consulta de opinião realizada no campus da Ufam em Ufam já houve a manifestação de uma maioria contrária à greve. Nesta quinta, a decisão prevaleceu com a rejeição da greve pela maioria. 

Em Manaus, 207 professores do votaram contra a deflagração da greve na Ufam, 102 foram favoráveis e sete preferiram a abstenção. No Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente (IEAA/Humaitá), foram 27 a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção. Em Coari, no Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) a votação foi de quatro votos a favor, seis contrários e uma abstenção.  

No Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET) de Itacoatiara, o resultado foi de 11 favoráveis, 15 contrários e nenhuma abstenção. No Instituto de Natureza e Cultura de Benjamin Constant, 11 professores votaram contra a greve, nenhum favorável e nenhuma abstenção. E no Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) de Parintins, o resultado ficou em 12 votos contra a greve, 11 a favor e 02 abstenções. 

Até o momento, 50 instituições federais de ensino da base do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) estão em greve, sendo 43 universidades, cinco institutos e dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets). Outra universidade tem deflagração prevista para 20 de maio, de acordo com as últimas informações do Comando Nacional de Greve (CNG) do Andes-SN.  

No dia 19 de abril, o governo apresentou uma proposta aos professores de reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. A proposta foi rejeitada pelos educadores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) da base do Andes-SN.  A Associação dos Docentes da Ufam (Adua) foi uma das seções sindicais a votar “não” em Assembleia Geral realizada no dia 25 de abril. 

Após a recusa, o CNG do Andes-SN apresentou uma nova proposta encaminhada para debate e deliberação da base, com pontos apresentados em relação a orçamento, carreira, recomposição salarial, aposentadoria e o chamado ‘revogaço’.  

Seguem os pontos apresentados: 

* Orçamento: Promover luta unitária com outros setores de trabalhadoras(es) e estudantes pela recomposição de investimentos às universidades, institutos federais e Cefets, tomando por parâmetro os investimentos de verbas de uso discricionário de 2016, com as devidas correções inflacionárias, garantindo investimentos em estrutura, permanência estudantil, bolsas de pesquisa e extensão e outras condições indispensáveis à qualidade do trabalho.
* Carreira: Tomada a compreensão de que a majoração dos steps, pura e tão somente, gera mais distorções do que soluções à carreira, haja vista que incide em desenho de carreira desestruturada que merece reorganização estrutural e avaliando que a questão de carreira comporta reflexões e acúmulos de maior fôlego, projetando uma agenda de debates mais extensa sobre a matéria, encaminhamos: a) insistir em uma resposta quanto a reorganização da carreira a partir dos sete pontos costurados com o Sinasefe e estabelecer uma agenda mais alongada sobre o tema; e b) proporcionar uso dos impactos orçamentários pela majoração em 0,5% dos steps na recomposição remuneratória da base da carreira, minorando distorções entre o piso e a base da mesma. 
* Recomposição: Manter a defesa do índice de 22,71% como horizonte de recomposição salarial. Reafirmação da necessidade de apresentação de um índice de recomposição em 2024. Acatar o índice apresentado para 2025 (9% em janeiro). Abrir margem de recombinação dos índices, garantindo em 2024, 2025 e 2026 o índice total de 22,71% de recomposição. 
* Aposentadoria: Apenas acatar propostas que contemplem a integralidade das(os) servidoras(es), sobretudo aposentadas(os), já negligenciadas(os) na majoração dos benefícios. 
* “Revogaço”: Revogação integral e pagamento de perdas retroativas de afetadas(os) pela Instrução Normativa (IN) 66/2022. Revogação integral da Portaria 983/2020, do MEC. Exigir resposta à agenda de “revogaço” na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).

Assuntos
Compartilhar
Sobre o Portal A Crítica
No Portal A Crítica, você encontra as últimas notícias do Amazonas, colunistas exclusivos, esportes, entretenimento, interior, economia, política, cultura e mais.
Portal A Crítica - Empresa de Jornais Calderaro LTDA.© Copyright 2024Todos direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por