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Raro: 'superbebê' nasce em hospital de Parintins pesando 7,3 kg

Um recém-nascido geralmente tem entre 2,5kg e 3,9kg. Com o nascimento do parintinense, pode-se afirmar que o bebê chega ao ranking dos maiores bebês do Brasil

Karol Rocha
online@acritica.com
18/01/2023 às 20:12.
Atualizado em 19/01/2023 às 12:41

Angerson dos Santos nasceu com mais de 7kg (Foto: Divulgação)

O nascimento de um bebê causou surpresa a uma família e aos profissionais de saúde de uma unidade hospitalar de Parintins, a 369 quilômetros de Manaus. O pequeno 'gigante' Angerson dos Santos, de 7.328 quilos, 58 centímetros nasceu na manhã esta quarta-feira (18) no Hospital Padre Colombo, situado naquele município.

Segundo a médica ginecologista e obstetra Artemísia Pessoa, toda a equipe ficou surpresa, inclusive os pais da criança. A médica acredita que o menino é o maior bebê já nascido no Estado do Amazonas. "Foi uma alegria e uma surpresa por que a gente estava esperando pelo registro da ultrassonografia de que seria um bebê grande, mas ele superou todas as expectativas. Pelos registros que a gente tem é que ele é o maior bebe nascido em Parintins, talvez no Amazonas e até um dos maiores do Brasil", disse ela.

A médica conta ainda que apesar dos fatores de risco, a cirurgia foi um sucesso. "Nós temos uma equipe de neonatologia muito preparada por que não é fácil receber um bebê desse tamanho. Assim como os prematuros, os bebês grandes acima da média normal tem fatores de risco aumentados, e ele precisou de toda uma assistência ventilatória, uma atenção intensiva da equipe de neonatologia logo após o nascimento que foi, graças a Deus, um sucesso", complementa. 

De acordo com a ginecologista e obstetra, Angerson dos Santos está ainda no Hospital e sendo assistido por toda a equipe de saúde até receber alta. "Esses bebês têm uma dificuldade respiratória até por causa da proporção da massa corpórea deles em relação a atividade pulmonar que um recém nascido tem e ele está ainda na encubadora, recebendo o oxigênio complementar, mas ele está bem, está oxigenando bem. São bebes que fazem hipoglicemia e que precisam receber uma complementação de glicose", explicou ela. 

A médica vai ainda lançar uma campanha para ajudar os pais que por conta do tamanho do bebê tiveram todo o enxoval perdido. Para ajudar, a população pode doar fraldas Extra G e roupinhas para bebês de um ano de idade na recepção do Hospital Padre Colombo, localizado na rua Oneldes Martins, número 3515, bairro São José Operário, em Parintins.

"Já falei com a mae e o pai, e eles ficaram muito surpresos e a gente até vai lançar uma campanha para ajudá-los, por que eles descobriram dessa forma que eles não tem enxoval por que não serviu nada do que eles tinham preparado, nem uma fralda sequer. Quem puder fazer doação, ele (a criança) vai precisar de roupas de bebê de um ano. A gente vai abraçar essa campanha para apoiar essa familia", finalizou a médica. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, um recém-nascido geralmente tem entre 2,5kg e 3,9kg. Com o nascimento do parintinense, pode-se afirmar que o bebê chega ao ranking dos maiores bebês do Brasil. Em 2021, nasceu uma criança de 7.038 quilos, de 61 centímetros de comprimento, no município de Acará, no Pará. No ano passado, uma bebê de 6,535 quilos e de comprimento de 57,5 centímetros nasceu em Presidente Prudente (SP). Os dois registros são os maiores e mais recentes depois do nascimento do amazonense. 

Que cuidados esse bebê 'gigante' necessita?

Conforme a médica pediatra, Rossiclei Pinheiro, trata-se de um bebê macrossomico e há diversos fatores envolvidos para que uma criança nasça 'gigante'. "Existem alguns fatores envolvidos neste processo como genética (algumas síndromes), duração da gestação, presença de diabetes gestacional ou diabetes mellitus (a mãe já tinha diabetes), estatura materna, idade materna, antecedentes de macrossomia e ganho peso alto durante a gestação", explicou ela ao A CRÍTICA. 

A médica comenta que será preciso monitorar a glicose do bebê por meio de exames de sangue o qual pode baixar principalmente nas primeiras 48 horas do nascimento. "Tem que investigar aumento do coração e do fígado por meio de exames de imagens. Se ele apresentar hipoglicemia (queda da glicose no sangue), precisa repor por via venosa (soro glicosado) e avaliar algumas síndromes genéticas. Geralmente a glicemia aumentada na mãe, aumenta os hormônios no bebê (insulina) e por isso faz hipoglicemia após a saída da placenta. Isso não é bebê diabético", afirma ela, que reforça que um bebê grande, não significa que ele seja diabético. 

Por fim, a médica orienta que o leite materno é o melhor alimento para o bebê. "Amamentacao é fundamental", concluiu. 

*A matéria teve a colaboração do repórter Carlos Alexandre, do portal Cna7

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