POSICIONAMENTO

CMA afirma que não autorizou colaboração de militares com manifestantes

A instituição militar alegou que os portões do quartel ficaram o dia todo fechado e que a entrada de militares foi transferida para o prédio da 12º região militar e grupamento de engenharia do Exército Brasileiro

Jefferson Ramos
online@acritica.com
02/11/2022 às 20:24.
Atualizado em 02/11/2022 às 21:27

O Comando Militar da Amazônia (CMA) negou que militares tenham colaborado ou permitido a utilização de equipamentos e estrutura da instituição militar por parte de manifestantes que pediram por intervenção militar em manifestações realizadas neste domingo (2), em frente ao quartel.

A negativa do CMA acontece em resposta a uma publicação de A CRÍTICA que denunciou, a partir de relatos obtidos sob anonimato, que militares se sentiram assediados e constrangidos a auxiliarem manifestantes com senhas de conexão Wi-Fi e pontos de conexão com energia elétrica, que serviu para recarregar baterias de celulares dos apoiadores, que convocaram uma multidão para ocupar a área restrita e de uso militar, na dependência externa do CMA, situado na Avenida Coronel Teixeira.

“Não houve nenhuma colaboração ou manifestação por parte do Comando Militar da Amazônia em apoio a qualquer manifestação. O nosso expediente se deu de forma normal”, afirmou em nota o CMA.

De acordo com o CMA, o portão de acesso à unidade militar ficou o dia todo fechado, devido ao bloqueio dos manifestantes, e que a entrada de militares foi transferida para o prédio da 12º região militar e grupamento de engenharia do Exército Brasileiro, situado na mesma área militar.

Ainda de acordo com a nota, a instituição afirmou que existe a rede Wi-Fi disponível  no setor de comunicação, onde funciona a rádio Verde Oliva, mas que não autorizou o compartilhamento de qualquer senha de acesso. Conforme o CMA, não houve expediente no setor neste feriado. O CMA afirmou que não existem tomadas disponíveis próximas ao local onde os manifestantes estavam, no entanto, o relato obtido por A Crítica afirma que existem tomadas na área de guarita, e que elas teriam sido essas as utilizadas pelos manifestantes. 

“Nenhum militar tem autorização para abrir o portão para que alguém entrasse ou simplesmente entregar alguma água ou qualquer outra coisa. Não tem a mínima autorização. O bebedouro dos soldados fica a 100 metros do portão. Os soldados usam cantil para tomar água”, alega a instituição.

O protesto realizado neste dia de finados deixou o trânsito caótico na Zona Oeste de Manaus, principalmente na Avenida Coronel Teixeira. Usuários do transporte coletivo reclamaram de atrasos e alguns afirmam ter descido do ônibus para chegar até o cemitério do Tarumã, que reuniu milhares de famílias

Assuntos
Compartilhar
Sobre o Portal A Crítica
No Portal A Crítica, você encontra as últimas notícias do Amazonas, colunistas exclusivos, esportes, entretenimento, interior, economia, política, cultura e mais.
Portal A Crítica - Empresa de Jornais Calderaro LTDA.© Copyright 2024Todos direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por